Com a expansão da tecnologia no século XXI, muitos equipamentos ficaram obsoletos e foram substituídos, enquanto outros foram adaptados aos novos sistemas.
Isso também aconteceu no trânsito brasileiro, o que fez com que a fluidez das vias melhorasse e os acidentes diminuíssem drasticamente.
Porém, muitos condutores associam a tecnologia no trânsito às multas e penalizações.
Por isso, vou mostrar as atualizações que foram impostas nas ruas, avenidas e estradas brasileiras e que proporcionaram uma melhora no trânsito.
Uso da tecnologia no trânsito
Como dito anteriormente, muitos ainda olham com maus olhos para a presença da tecnologia na via, muitas vezes vista como um sinônimo de controle de velocidade.
Todavia, não é somente nisso que ela é aplicada.
Quando falamos no uso de câmeras nas vias, estamos nos referindo exatamente à Resolução nº 532 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
O texto publicado no dia 17 de junho de 2015 diz:
“Art. 1º, I. ‘Regulamenta a fiscalização de trânsito por intermédio de videomonitoramento nos termos do § 2º do artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro.’
A Resolução nº 532 do Contran modifica o artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), § 2º, que fala sobre as infrações. Agora, a infração sempre deve ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente de trânsito, por qualquer tipo de equipamento audiovisual, reações químicas, como o bafômetro, ou outro tipo de meio tecnológico que esteja disponível no momento. É importante salientar que o meio utilizado deve estar regulamentado pelo Contran.
Ou seja, os equipamentos de monitoramento servem para gravar os acontecimentos nas vias e não para multar, como é popularmente dito. A infração só é dada por meio de uma declaração da autoridade responsável pelo monitoramento.
Entretanto, as câmeras não servem somente para identificar os apressadinhos nas ruas e avenidas: elas também auxiliam na identificação de carros roubados, acidentes em estradas, animais nas vias, etc.
Isso quer dizer que esse tipo de equipamento é de extrema importância para a segurança dos condutores. Todavia, esse não é o único auxílio tecnológico nas vias.
Semáforos
Um dos itens mais vistos nas ruas é o semáforo. Esse equipamento é exclusivamente usado para melhorar a fluidez do tráfego em pontos estratégicos da cidade.
Nos últimos anos, esse tipo de melhoria tornou-se prioridade das autoridades de trânsito e o grande desafio dos engenheiros de tráfego.
Já foi comprovado que o estresse no trânsito, principalmente nas grandes cidades, é um grande problema, resultando até em doenças nos condutores expostos a esse tipo de trauma durante a condução.
Com o aumento das doenças provocadas pelo excesso de veículos nas vias, foi necessário encontrar uma forma de combater esse problema e melhorar o fluxo dos veículos, e é aí que entram os semáforos.
Por meio do equipamento, os engenheiros de tráfego conseguem determinar o fluxo em determinada via, melhorando a fluidez.
Essa prática reduz os focos de congestionamento por meio da aplicação tecnológica e isso é possível graças à chamada “onda verde”.
A “onda verde” é quando os semáforos são sincronizados e ajustados de forma que os condutores que dirigirem seus veículos de acordo com a velocidade estipulada para aquele local não terão de parar em nenhum sinal vermelho.
A prática traz, para a cidade, maior agilidade e fluidez, porém isso depende do motorista, que deve respeitar a velocidade na via para conseguir esse efeito.
Mas é claro que essa prática só é feita após longa análise e estudos das ruas e avenidas das cidades.
Análises das vias
Provavelmente, esse é o maior benefício que a tecnologia trouxe para o trânsito: as análises das vias.
Por meio do monitoramento, os órgãos e companhias responsáveis pelo trânsito nas cidades conseguem definir as melhorias necessárias para determinados locais, desde o asfalto até a instalação de sinalização.
As câmeras realizam o trabalho de monitorar a via 24h por dia e gravam a quantidade de carros que transitam pelo local, a velocidade média, a quantidade de pedestres, etc.
Através dessas informações, os profissionais de engenharia de tráfego realizam os estudos para localizarem as falhas e proporem o aperfeiçoamento necessário no local.
É por meio dessas análises que eles conseguem criar a “onda verde”, ou seja, não é preciso uma alteração em todo o sistema de equipamentos ou a instalação de novos, evitando maiores gastos.
Também é pela análise de imagem que é possível identificar o horário de maior fluxo em determinados locais, o que possibilita o aperfeiçoamento dos controladores de semáforo, alternando o tempo médio do sinal vermelho e do verde.